sexta-feira, 23 de maio de 2025

Dia 24 de Maio dia Nacional dos ciganos no Brasil

 O Dia Internacional dos Ciganos (também conhecido como Dia Internacional das Pessoas Ciganas) é comemorado anualmente em 8 de abril. Esta data foi criada no Primeiro Congresso Mundial Romani, em Londres, em 1971, com o objetivo de promover a inclusão e o reconhecimento da cultura e história do povo cigano. 

No Brasil, o dia nacional dos povos ciganos é comemorado em 24 de maio, em alusão a Santa Sara Kali, padroeira dos ciganos. 

 O dia de Santa Sara Kali, padroeira do povo cigano, é celebrado a 24 de maio. Este dia também é conhecido como o Dia Nacional do Cigano no Brasil, instituído em 2006. A data é marcada pela veneração a Santa Sara e pela celebração da cultura cigana

A data é um lembrete da luta e da resistência do povo cigano, que enfrenta diversas dificuldades e preconceitos. É também uma oportunidade para destacar a diversidade e a riqueza cultural do povo cigano.

Origem:

A data foi escolhida para coincidir com o Primeiro Congresso Mundial Romani, que ocorreu em Londres a 8 de abril de 1971. 

Objetivo:

O dia tem como objetivo celebrar a cultura e a história dos ciganos, promover a inclusão e o respeito pelas comunidades ciganas, além de destacar a necessidade de políticas públicas que combatam a pobreza, exclusão e discriminação. 

Comemoração:

Em 2025, o Conselho da Europa organiza o mês "Opre Roma!" (de 1 a 30 de abril) para chamar a atenção para os desafios enfrentados pelas comunidades ciganas na Europa.
 
Santa Sara Kali, padroeira dos ciganos



 
 
Sara ou Sara, a negra (em romani: Sara la Kali; em francês: Sara la noire), segundo várias lendas, foi uma discípula de Jesus venerada popularmente como santa pela Igreja Católica. Ela é invocada como a padroeira dos povos ciganos e de mulheres que buscam fertilidade.
O seu nome, tal como o da matriarca judia Sara, cuja vida é relatada no Antigo Testamento, teria se originado do hebraico e era supostamente usado para designar uma mulher de grande relevância na sociedade, mantendo por significado "princesa" ou "senhora". Já o epíteto Kali origina-se, supostamente, do idioma sânscrito, tendo por tradução a palavra "negra". Nas suas tradicionais iconografias, Sara é representada com a pele escura.
A história de Sara é incerta, uma vez que não há registros sobre sua vida. Lendas relatam que ela teria auxiliado Maria durante o nascimento de Jesus. Sara também estaria presente na crucificação de Jesus, embora os Evangelhos Canônicos não a mencionem. 
Ela também é identificada como serva de Maria Madalena.
Com o início da perseguição aos cristãos no território Israel, conta-se que Sara foi deportada do país juntamente com Maria Madalena, Maria de Cleófas, Maria Salomé, os irmãos Marta, Maria e Lázaro de Betânia, Marcela e um cristão de nome Maximino. A tradição relata que eles foram lançados no Mar Mediterrâneo numa embarcação sem remo que chegou onde nos dias atuais seria a comuna francesa de Saintes-Maries-de-la-Mer (Santas Marias do Mar em francês). Conta-se que o grupo, temendo um naufrágio, puseram-se em oração. Sara, por sua vez, havia de ter feito uma promessa de que se conseguissem desembarcar sem que houvesse mortes, teria ela que se cobrir com um véu em forma de agradecimento.[5]
Em Saintes-Maries-de-la-Mer, na cripta da igreja de Saint Michel, afirma-se que estariam suas relíquias, junto a uma estátua que lhe representaria. Sobre isso, Jean de Labrune escreveu no início do século XVIII:
Seu culto não deixou vestígios antes de 1800. Da tradição provençal, retoma a memória da "Santas Marias do Mar", da qual Sara tornou-se serva segundo a tradição hagiográfica. Fernand Benoit, que foi o primeiro historiador a decifrar este folclore, sublinha que tal como acontece com Maria de Cléofas, Maria Salomé e Maria Madalena, Sara recebe em sua homenagem uma procissão até ao mar que os ciganos fazem desde 1936. Precedendo em um dia o dia da festa das três Marias, a estátua da Santa Sara é submersa no mar até o meio do corpo.
Em Camarga, a imersão ritual no mar segue uma antiga tradição. Ainda no século XVII, em memória do desembarque do grupo cristão as margens do Mediterrâneo, os camargues percorreram entre bosques e vinhas até chegarem à praia, prostando-se por fim no mar.



"No ano de 1447, ele (René d'Anjou) mandou pedir bulas ao Papa Nicolau V para realizar a inquisição destes Corpos Sagrados; que lhe foi concedido, os ossos das Marias foram colocados em ricos e soberbos santuários. Para Santa Sara, por não ter a qualidade das suas senhoras, os seus ossos estavam apenas contidos numa simples caixa, que foi colocada debaixo de um altar numa capela subterrânea".
"O rito de navegação do 'tanque naval', despojado da lenda do desembarque, surge como uma cerimônia complexa que une a procissão do tanque pelo campo e a prática da imersão de relíquias; está ligada às procissões agrárias e purificadoras que nos foram preservadas pelas festas das Rogações e do festival"
O historiador também sublinha que estas procissões até ao mar contribuem para o próprio caráter da civilização provençal e para o seu medo respeitoso do Mediterrâneo, uma vez que se encontram tanto em Saintes-Maries-de-la-Mer como em Fréjus, Mónaco, Saint-Tropez ou Collioure, o culto ligado a outros santos.[14]
O Dia Internacional dos Ciganos (também conhecido como Dia Internacional das Pessoas Ciganas) é comemorado anualmente em 8 de abril. Esta data foi criada no Primeiro Congresso Mundial Romani, em Londres, em 1971, com o objetivo de promover a inclusão e o reconhecimento da cultura e história do povo cigano. 


Bandeira
 
A bandeira cigana, também conhecida como bandeira Romani, é um símbolo internacional que representa o povo Romani, também chamado de cigano, e foi oficialmente adotada em 1971. A bandeira é composta por três cores e um elemento central com significados específicos. 
Significado da Bandeira Cigana:
  • Fundo Azul e Verde: O fundo azul representa o céu, enquanto o verde representa a terra.
  • Roda Vermelha (Dharmachakra): No centro da bandeira, a roda vermelha, também conhecida como dharmachakra, simboliza a vida, o caminho percorrido e o que ainda está para ser percorrido. A roda também representa a tradição itinerante do povo Romani, que é um povo sem fronteiras, e é uma homenagem à bandeira da Índia, de onde os Romani se origina
  • Aros em Azul e Verde: Os aros em azul e verde, que circundam a roda, simbolizam a força do fogo, da transformação e do movimento.
     
Em resumo, a bandeira cigana é um símbolo de identidade e orgulho para o povo Romani, representando sua história, cultura e tradições, e também servindo como um lembrete de sua trajetória itinerante e sua conexão com a terra e o céu. 



Djelem Djelem: Um Hino de Liberdade e Identidade Romani

A música "Djelem Djelem", é considerada um hino do povo Romani, também conhecido como ciganos. A letra, que mistura o idioma Romani com expressões de outras línguas, fala sobre a jornada e a experiência do povo Romani, conhecido por sua história nômade e pela perseguição sofrida ao longo dos séculos.
O refrão "Gelem Gelem" significa "Eu andei, eu andei", e a canção fala sobre andar por longos caminhos, o que pode ser interpretado tanto literalmente, referindo-se ao estilo de vida nômade dos ciganos, quanto metaforicamente, simbolizando a longa jornada de luta e sobrevivência do povo. A expressão "Shukare Romensa" significa "belos ciganos", e "Baxtale romenca" pode ser traduzida como "ciganos afortunados". Essas frases ressaltam o orgulho pela identidade e cultura Romani.
A música também menciona "kale jakha" e "duj kale drakha", que significam "cabeças negras" e "olhos negros", respectivamente, descrevendo características físicas comuns entre os ciganos e reforçando a beleza e a singularidade do povo. A repetição de "Oooh, Romalé! Oooh, chavralé!" serve como um chamado de união e força entre os ciganos, onde "Romalé" significa "pessoas ciganas" e "chavralé" significa "jovens". A canção é um símbolo de resistência, identidade e celebração da cultura Romani.











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